Resenha sobre o documentário "A doutrina do choque"
Baseado no documentário de Naomi Klein.
Milton Friedman por meio de
sua “tese da doutrina de choque” mostrava a forma mais pura de um capitalismo
desregulado em meio às crises de 1929 e 2008 que os Estados Unidos sofreu.
Segundo Donald Rumsfeld ressalta a citação de que “Milton Friedman representa a
encarnação da verdade de que as ideias tem consequências”. Em meio à crise de 1929,
Friedman se opôs ao New Deal proposto pelo presidente Franklin Roosevelt, cujo
objetivo era uma solução para a crise de superprodução dando emprego público, pois
acreditava que o governo deveria regular a economia, porém a recessão durou até
a segunda guerra mundial.
Friedman acreditava que a
crise real tinha uma utilidade, pois só uma crise real ou perceptiva produz uma
mudança real. A tese de Friedman de que o governo deixasse de prestar serviços
e regular os mercados, faria a economia corrigir à si mesma.
O primeiro teste: “O Chile”
foi durante a ditadura de Pinochet em 1973, cujo foram enviados os “Chicago
boys” para o Chile onde imporam uma economia de choque que tinha como objetivo:
eliminação dos impostos às importações,cortes nos gastos públicos,combate ao
aumento dos preços e favorecer as vendas das estatais como um verdadeiro tratamento de choque.
A economia de choque se
espalhou por vários países com modelos de livre mercado, com destaque para a
Inglaterra que na época tinha Margareth Thatcher como primeira ministra e nos
Estados Unidos com o presidente Ronald Reagan que utilizavam uma política de controle
de preços e de salários, privatização de estatais e divisas de riquezas
diferenciadas favorecendo a elite em contrapartida a minoria que é representada
pelos trabalhadores e foram os mais prejudicados na economia e política social.
Mais tarde a abertura da
economia chegaria à extinta União Soviética com a presidência de Mikhail Gorbatchev
e suas idéias: A glasnost e Perestroica, cujo objetivo era abrir o país
economicamente e politicamente para a nova política neoliberal mantendo o comunismo
e pregando sempre o discurso do bem estar social.
A invasão do Afeganistão e
do Iraque atingiu não apenas um setor militar, mas sim toda a sociedade. O
furacão Katrina, o tsunami e o 11 de setembro são considerados catástrofes e
desastres que transformaram a economia e fortaleceram a reorganização do
capitalismo que começou a identificar os pontos fracos preparando-se para
resistir à próxima terapia de choque com as crises mundiais.
A terapia de choque é a
maneira de fazer a sociedade acreditar por meio de estratégias de marketing, propaganda
e falsidade de dados, tratando de demonstrar que o mercado livre é a única via
para escapar da decadência econômica e da pobreza em massa. Mas o consenso tem
que ser conquistado eleitoralmente, mesmo que isso possa chegar a diminuir o
ritmo das “reformas”, sendo relevante não esquecer a incessante busca pelo
poder e capital. Por outro lado, ela também traz todos os movimentos que
ocorreram e que foram de encontro com tais ações, a fim de buscar uma
humanização das ações.
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