sexta-feira, 21 de março de 2014

Sociologia : Resenha sobre o documentario "A doutrina do choque"


Resenha sobre o documentário "A doutrina do choque"
Baseado no documentário de Naomi Klein.
 
Milton Friedman por meio de sua “tese da doutrina de choque” mostrava a forma mais pura de um capitalismo desregulado em meio às crises de 1929 e 2008 que os Estados Unidos sofreu. Segundo Donald Rumsfeld ressalta a citação de que “Milton Friedman representa a encarnação da verdade de que as ideias tem consequências”. Em meio à crise de 1929, Friedman se opôs ao New Deal proposto pelo presidente Franklin Roosevelt, cujo objetivo era uma solução para a crise de superprodução dando emprego público, pois acreditava que o governo deveria regular a economia, porém a recessão durou até a segunda guerra mundial.

Friedman acreditava que a crise real tinha uma utilidade, pois só uma crise real ou perceptiva produz uma mudança real. A tese de Friedman de que o governo deixasse de prestar serviços e regular os mercados, faria a economia corrigir à si mesma.

O primeiro teste: “O Chile” foi durante a ditadura de Pinochet em 1973, cujo foram enviados os “Chicago boys” para o Chile onde imporam uma economia de choque que tinha como objetivo: eliminação dos impostos às importações,cortes nos gastos públicos,combate ao aumento dos preços e favorecer as vendas das estatais  como um verdadeiro tratamento de choque.

A economia de choque se espalhou por vários países com modelos de livre mercado, com destaque para a Inglaterra que na época tinha Margareth Thatcher como primeira ministra e nos Estados Unidos com o presidente Ronald Reagan que utilizavam uma política de controle de preços e de salários, privatização de estatais e divisas de riquezas diferenciadas favorecendo a elite em contrapartida a minoria que é representada pelos trabalhadores e foram os mais prejudicados na economia e política social.

Mais tarde a abertura da economia chegaria à extinta União Soviética com a presidência de Mikhail Gorbatchev e suas idéias: A glasnost e Perestroica, cujo objetivo era abrir o país economicamente e politicamente para a nova política neoliberal mantendo o comunismo e pregando sempre o discurso do bem estar social.

A invasão do Afeganistão e do Iraque atingiu não apenas um setor militar, mas sim toda a sociedade. O furacão Katrina, o tsunami e o 11 de setembro são considerados catástrofes e desastres que transformaram a economia e fortaleceram a reorganização do capitalismo que começou a identificar os pontos fracos preparando-se para resistir à próxima terapia de choque com as crises mundiais.

A terapia de choque é a maneira de fazer a sociedade acreditar por meio de estratégias de marketing, propaganda e falsidade de dados, tratando de demonstrar que o mercado livre é a única via para escapar da decadência econômica e da pobreza em massa. Mas o consenso tem que ser conquistado eleitoralmente, mesmo que isso possa chegar a diminuir o ritmo das “reformas”, sendo relevante não esquecer a incessante busca pelo poder e capital. Por outro lado, ela também traz todos os movimentos que ocorreram e que foram de encontro com tais ações, a fim de buscar uma humanização das ações.

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