Escassez do “ouro azul”
acirra tensões políticas
No século XXI destacam-se
dois problemas: Aquecimento global e a escassez da água. Cerca de 75 % da
superfície do planeta esta coberta por massas liquidas sendo que apenas 2,5% representam
a água doce , 1% dessa água doce que está presente nos rios, aquíferos e lagos é
acessível ao homem e a outra porcentagem está em lençóis subterrâneos profundos
e geleiras.
A água potável é finita e
está desigualmente repartida no mundo. Especialistas estimam que em 2100 a água
já esteja comprometida, e atualmente 50% das terras emersas já enfrentam a
falta de água, além de que boa parte da população não dispõe de uma rede de
abastecimento boa. Os fatores naturais, socioeconômicos e culturais resultam na
carência desse recurso e por estar desigualmente distribuída gera tensões e
conflitos nos países.
Os países que disputam o
controle e o uso da água, em destaque para os rios quando atravessam
territórios de duas nações, tais exemplos ocorrem no Rio Jordão entre
palestinos e israelenses e nos rios Tigre e Eufrates entre a Síria, Iraque e Turquia.
Nas áreas desérticas, onde as chuvas são raras ou ate então escassas da África
do Norte e do Oriente Médio ocorre o estresse hídrico onde os habitantes consomem
menos de dois mil litros de água por ano.
Vários índices permitem
verificar a disponibilidade de água superficial, tais como a “Dependência de
água”, que é um índice que permite identificar a parcela de água renovável de
cada país vinda de fora do seu território. Os países localizados a montante têm
menor dependência dos localizados a jusante. Outros apresentam dependência
hídrica zero como Madagascar e Caribe.
Países extensos como a China
tem dependência de 1% apesar de seus problemas hídricos, pois lá no planalto do
Tibete existe uma caixa de água de rios exclusivos do território chinês, por
exemplo, o Yang-Tsé Kiang e fluem para o rio Brahmaputra, na Índia e Mekong, no
sudeste asiático. Países, tais como a Rússia, Canadá e Estados Unidos tem dependências
pequenas dos recursos hídricos, respectivamente são: 4%, 2% e 8%.
No Brasil é diferente,
apesar de ter o maior estoque, tem dependência de 34% devido à parte da Bacia
Amazônica, em especial os altos vales do rio e muitos dos seus afluentes
estarem situados fora do território nacional. Perto de outros países o Brasil
não tem o maior índice, por exemplo, no Egito são 97%, 94% na Hungria, 88% na Holanda,
80% na Síria e 91% em Bangladesh. Geralmente quase todos vivem uma tensão de
conflitos hídricos com seus vizinhos.
Resumo do livro Mundo Contemporâneo de Nelson Bacic Olic.
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