sexta-feira, 21 de março de 2014

Geografia Atual : Revolução 2.0: O Egito entre o Irã e a Turquia





                   Revolução 2.0: O Egito entre o Irã e a Turquia

Depois de dois anos sem a ditadura de Hosni Mubarak no Egito eclodiu confrontos entre oposicionistas e as forças de segurança. A causa seria porque o novo presidente Mohamed Morsi tentava instaurar uma nova autocracia. As oposições laicas,liberais e esquerdistas(revolucionários) lideraram as manifestações , que para eles o novo presidente e a Irmandade muçulmana iriam instaurar uma republica teocrática , igualmente como aconteceu no Irã.

Em 22 de novembro assinou um cessar-fogo entre Israel e o grupo Hamas e se outorgou poderes excepcionais para proteger a revolução, impediu ate a justiça de contestar.Morsi apressou a aprovação da nova constituição e a irmandade muçulmana aprovou ,com artigos impedindo a liberdade religiosa ,direito das mulheres e da minoria.

A derrubada da ditadura de Murabak foi um fator que reuniu a irmandade muçulmana com os salafistas e a oposição secular(liberais,esquerdistas,laicos) .Uma assembléia constituinte indicada pelo parlamento foi dissolvida,outra foi nomeada ,mas antes da eleição a Corte do Cairo dissolveu o próprio parlamento.

O futuro da revolução no Egito depende apenas de Morsi e seu governo de solucionar a grave crise econômica e social do seu país. Alem de que ainda há a evolução da Irmandade Muçulmana aliada aos salafistas  e as forças armadas e ainda há situação de que os militares egípcios seriam as ultimas fortalezas do estado laico contra a expansão do fundamentalismo.

Esta situação é comparável com a da Turquia em 1922, onde o general Mustafá Ataturk fundou uma republica laica e autoritária. Depois de inúmeros golpes e ditaduras militares a situação mudou em 1999 quando a Turquia iniciou reformas democráticas somente para ingressar na União Européia, sem êxito ate hoje, porém permitiu que o país fosse democrático, laico e islâmico .Se tratando do Oriente médio essa não seria uma solução para o fim da Primavera Árabe.


Fonte: “jihad in Africa: the danger in the desert”, The Economist, 26 de janeiro de 2013.
Resumo do texto Revolução 2.0
                   

 

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