Revolução 2.0: O Egito entre
o Irã e a Turquia
Depois de dois anos sem a
ditadura de Hosni Mubarak no Egito eclodiu confrontos entre oposicionistas e as
forças de segurança. A causa seria porque o novo presidente Mohamed Morsi
tentava instaurar uma nova autocracia. As oposições laicas,liberais e
esquerdistas(revolucionários) lideraram as manifestações , que para eles o novo
presidente e a Irmandade muçulmana iriam instaurar uma republica teocrática ,
igualmente como aconteceu no Irã.
Em 22 de novembro assinou um
cessar-fogo entre Israel e o grupo Hamas e se outorgou poderes excepcionais para
proteger a revolução, impediu ate a justiça de contestar.Morsi apressou a aprovação
da nova constituição e a irmandade muçulmana aprovou ,com artigos impedindo a
liberdade religiosa ,direito das mulheres e da minoria.
A derrubada da ditadura de
Murabak foi um fator que reuniu a irmandade muçulmana com os salafistas e a
oposição secular(liberais,esquerdistas,laicos) .Uma assembléia constituinte
indicada pelo parlamento foi dissolvida,outra foi nomeada ,mas antes da eleição
a Corte do Cairo dissolveu o próprio parlamento.
O futuro da revolução no
Egito depende apenas de Morsi e seu governo de solucionar a grave crise
econômica e social do seu país. Alem de que ainda há a evolução da Irmandade
Muçulmana aliada aos salafistas e as
forças armadas e ainda há situação de que os militares egípcios seriam as
ultimas fortalezas do estado laico contra a expansão do fundamentalismo.
Esta situação é comparável
com a da Turquia em 1922, onde o general Mustafá Ataturk fundou uma republica
laica e autoritária. Depois de inúmeros golpes e ditaduras militares a situação
mudou em 1999 quando a Turquia iniciou reformas democráticas somente para
ingressar na União Européia, sem êxito ate hoje, porém permitiu que o país
fosse democrático, laico e islâmico .Se tratando do Oriente médio essa não seria
uma solução para o fim da Primavera Árabe.
Fonte: “jihad in Africa: the danger in the desert”, The Economist, 26 de janeiro de 2013.
Resumo do texto Revolução 2.0
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