sexta-feira, 21 de março de 2014

Geografia Atual : Um mundo em convulsão: Fundamentalistas e jihadistas embaralham o xadrez islâmico


Um mundo em convulsão: Fundamentalistas e jihadistas embaralham o xadrez islâmico

 
A confusão vem à tona quando é dito pelos jornalistas que “Árabe é igual a islâmico, que é igual à fundamentalista, que é igual à terrorista”. Aproximadamente 1,4 bilhões dos islâmicos no mundo, apenas 300 milhões são árabes. Isso significa que nem todo árabe é islâmico . Existem árabes que são judeus, cristãos e etc. Devido à grande expansão do islamismo, a confusão entre “árabe” e “islâmico” foi deixada para trás.

O islamismo foi fundado pelo profeta Maomé no século VII em Meca, região atualmente como Arábia Saudita e tem como norma o uso do livro “Corão” do idioma Árabe e o fundamentalismo é um fenômeno ideológico que para alcançar seus fins tem por meio a religião, aplicando-se não somente ao islamismo, mas também a outros sistemas religiosos.

Em 1928 nasce o fundamentalismo islâmico no Egito por grupos de médicos, professores e intelectuais que tinham o objetivo de expulsar o imperialismo britânico. O sunita Hassan AL-Banna propôs a união dos árabes junto a uma ação doutrinaria com trabalho social entre a população carente, traço este marcante do fundamentalista.

Inicialmente a Irmandade muçulmana não tinha como objetivo a luta armada, esse recurso foi consequência da repressão do rei Faruk. Em 1953 o governo de Abdel Nasser ergueu uma relação de amor e ódio com a Irmandade. Com o tempo esta ganhou adeptos no Oriente médio e no norte da África, com destaque para os sunitas.

Lembrando que nem todos os fundamentalistas são da irmandade muçulmana. O Hezzbolah (Partido de Deus) tem como alvo o estado de Israel e agrega os xiitas, e também tem o apoio de sunitas e de cristãos. A Al-Qaeda não desenvolve trabalho social ,são grupos com objetivo de promover atentados e são qualificados como jihadistas.

Os jihadistas atuam em todas as regiões islâmicas onde há conflitos, por exemplo na Síria os grupos salafistas, no Afeganistão a Al-Qaeda, no Mali a Al-Shabab ,entre outros. O Hamas é um grupo fundamentalistas que não tem as características dos demais, atua em territórios palestinos e está associado ao movimento nacionalista.

 Fonte: “jihad in Africa: the danger in the desert”, The Economist, 26 de janeiro de 2013.      

 

 

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