Um mundo em convulsão:
Fundamentalistas e jihadistas embaralham o xadrez islâmico
O islamismo foi fundado pelo
profeta Maomé no século VII em Meca, região atualmente como Arábia Saudita e
tem como norma o uso do livro “Corão” do idioma Árabe e o fundamentalismo é um
fenômeno ideológico que para alcançar seus fins tem por meio a religião, aplicando-se
não somente ao islamismo, mas também a outros sistemas religiosos.
Em 1928 nasce o
fundamentalismo islâmico no Egito por grupos de médicos, professores e
intelectuais que tinham o objetivo de expulsar o imperialismo britânico. O
sunita Hassan AL-Banna propôs a união dos árabes junto a uma ação doutrinaria
com trabalho social entre a população carente, traço este marcante do
fundamentalista.
Inicialmente a Irmandade
muçulmana não tinha como objetivo a luta armada, esse recurso foi consequência
da repressão do rei Faruk. Em 1953 o governo de Abdel Nasser ergueu uma relação
de amor e ódio com a Irmandade. Com o tempo esta ganhou adeptos no Oriente médio
e no norte da África, com destaque para os sunitas.
Lembrando que nem todos os
fundamentalistas são da irmandade muçulmana. O Hezzbolah (Partido de Deus) tem
como alvo o estado de Israel e agrega os xiitas, e também tem o apoio de sunitas
e de cristãos. A Al-Qaeda não desenvolve trabalho social ,são grupos com
objetivo de promover atentados e são qualificados como jihadistas.
Os jihadistas atuam em todas
as regiões islâmicas onde há conflitos, por exemplo na Síria os grupos
salafistas, no Afeganistão a Al-Qaeda, no Mali a Al-Shabab ,entre outros. O Hamas
é um grupo fundamentalistas que não tem as características dos demais, atua em
territórios palestinos e está associado ao movimento nacionalista.
Fonte: “jihad in Africa: the danger in the
desert”, The Economist, 26 de janeiro de 2013.
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