Ao longo da historia é
possível perceber que muitos genocídios ocorridos no século XX foram em
decorrência de justificativas racistas. Alguns exemplos de genocídios são os
que ocorreram na Segunda guerra mundial, o genocídio cambojano, o armênio e o
genocídio em Ruanda.
A ideia de raça
introduziu-se há dois séculos com o conceito diferente ao do etnocentrismo, caso
que ocorreu com as sociedades primitivas. Durante o século XIII, o botânico e
zoólogo Lineu classificou a espécie humana em quatro raças: a raça europeia,
africana, asiática e americana. No final do século XIII, o antropólogo
Blumenbach formou a ideia das raças constituídas por brancos, negros, amarelos,
vermelhos e marrons. Já o filosofo Arthur de Gobineau durante o século XIX foi
o primeiro a relacionar a ideia de raças humanas com a historia.
A evolução da ideia de raça
consolidou-se junto ao Darwinismo com a ideia de evolução, deixando pra trás os
conceitos dados por Lineu e Blumenbach. Assim, consolida-se também o fato de
que a raça ariana é mais evoluída biologicamente, construindo uma hierarquia de
raças em que no ponto mais alto da escala encontram-se os brancos e no ponto
mais baixo encontram-se os negros.
É notório que com a chegada
do iluminismo foi possível classificar os seres humanos como iguais perante a natureza,
porém fatos aconteceram que fizeram com que não fossem tão iguais assim. Os
conceitos iluministas proporcionaram um problema que difundiu a campanha
antiescravista no século XIII. O uso político do mito racial aconteceu no
contexto imperialista na Ásia e na África, e em 1885 com a conferência de
Berlim o uso do mito da raça foi crucial para o imperialismo sendo necessária a
opinião pública europeia justamente pelo fato de que os europeus iriam dominar
outros povos e assim o conceito de igualdade natural iria se esfacelando aos poucos.
Assim, os europeus ao dominarem os africanos começaram a nomear as etnias e
passaram a ter poder sobre elas.
É notório que seja inviável
a busca pela pureza visto que isto é apenas um mito, considerando que o mito da
raça é uma construção cultural humana e serviu de justificativa para o
imperialismo europeu para as leis de segregação racial e ressurge com o
conceito do multiculturalismo. O mito da mestiçagem brasileira estava associado
às doenças que ocorriam frequentemente com a justificativa de que ocorria a miscigenação,
porém aos poucos afirmaram que não era a miscigenação o fator para as tais
doenças e sim os vetores transmissores.
Desse modo, a raça era
apenas nação considerando um grupo humano percorrendo sua própria trajetória no
firmamento do tempo. O mito da raça consolidou-se há apenas dois séculos
buscando a pureza e operando na separação das descendências incorporadas ao
mundo da política que serviu para a perpetuação de privilégios e atualmente
está disfarçado de multiculturalismo.